Se você abriu uma empresa, foi para garantir a sua independência financeira, certo? Só que, justamente na sua vez, ser patrão deixou de ser sinônimo de mandar e enriquecer, sobretudo com a crise financeira.
Pois saiba que, graças à contabilidade de custos, é possível, sim, alterar o cenário atual e garantir um futuro promissor do seu negócio!
Alguns empreendedores podem confundir este termo, negligenciando sua importância e invalidando uma gestão assertiva e eficiente. Afinal, o que você entende como contabilidade de custos? Descubra neste artigo a relevância desta ferramenta para reverter essa situação a seu favor!
O que é contabilidade de custos?
Basicamente, a contabilidade de custos é uma prática que auxilia a gerência na tomada de decisões e controle financeiro de uma organização. Ela define, portanto, as tarifas necessárias para fazer seu negócio crescer.
Além disso, ela calcula se os recursos e finanças são lucrativos, se a empresa está, de fato, ganhando dinheiro. Diferentemente da contabilidade financeira, que analisa apenas os dados e movimentações contábeis.
Por que a contabilidade de custos é tão importante
Implementar a contabilidade de custos em uma companhia é mesmo uma decisão valiosa para torná-la bem-sucedida. Isso porque gerir bem as finanças é imprescindível para alavancar os lucros, reduzir custos e verificar as contas com exatidão.
Além disso, se você comercializa um produto ou serviço, a contabilidade de custos é ainda indispensável para:
- determinar o valor de venda;
- levantar despesas de produção;
- mensurar todos os pagamentos;
- encontrar o investimento necessário para desenvolver mudanças potenciais para maior rentabilidade futura, independentemente do tamanho ou segmento da sua empresa.
Agora, vamos entender melhor os princípios que tornam seu dinheiro mais rentável a longo prazo. Continue lendo e veja estas seis dicas sobre a contabilidade de custos:
6 dicas para garantir eficiência com a contabilidade de custos
1. Separe os custos das despesas
A princípio, custos e despesas podem parecer contas aparentemente idênticas, e que possuem a mesma finalidade: serem quitadas. No entanto, para exercer um cálculo efetivo, é preciso separá-las, considerando que:
- os custos fixos estão relacionados ao salário dos funcionários da produção, à matéria-prima utilizada e a quaisquer outros equipamentos necessários para produzir;
- enquanto as despesas não estão objetivamente ligadas ao setor produtivo, podendo ser representadas pelas contas de telefone e energia elétrica, pelo salário da equipe de marketing (mão de obra indireta), ou ainda pelos materiais de escritório, por exemplo.
Infelizmente, tais gastos são imprescindíveis para manter qualquer empresa em funcionamento. Mas a boa notícia é que essa separação permite controlá-los sistematicamente, de modo personalizado, técnico e dinâmico.
2. Determine os custos diretos e indiretos
Após separar essas receitas, é hora de apropriar os custos diretos, ou seja, aqueles ligados diretamente à produção de um bem ou serviço.
Usemos um exemplo próximo para facilitar a sua visualização: onde você está sentado agora? No caso de uma cadeira, considere que o fabricante precisa levantar o preço da matéria-prima usada para confeccionar 30 objetos do mesmo modelo.
Além disso, ele também decide totalizar o valor dos salários pagos aos operários para fabricarem esse número de assentos em um determinado período. Da mesma forma, é feito o controle das receitas indiretas.
Portanto, como podemos ver, a contabilidade de custos é essencial para contabilizar a quantia total para gerar cada item separadamente, controlar o material, o custo do trabalho, ou ainda reduzir a rotatividade de funcionários.
3. Identifique o ponto de equilíbrio
Seguindo o mesmo exemplo, o valor de produção dessas cadeiras, subtraído o valor das despesas indiretas, aponta o faturamento necessário para cobrir estes débitos. E esse montante representa um ponto crítico ou de equilíbrio, um alvo que deve ser perseguido para que seu negócio obtenha um lucro posterior.
Por incrível que pareça, o que vai determinar se sua empresa está “saudável” é o ponto de equilíbrio que totaliza 0, apenas para cobrir os gastos da fabricação.
4. Estabeleça o preço de venda
É a partir desse “empate” que é estabelecido o valor de venda ideal para começar a ter proveitos. Quando a fábrica não consegue vender o número suficiente de cadeiras para lucrar, significa que:
- ou o valor de venda precisa ser, urgentemente, repensado (aumentado);
- ou que a empresa necessita encontrar fornecedores com matéria-prima mais barata;
- ou ainda, em último caso, que o volume produção precisa ser freado para, então, alcançar uma margem mais satisfatória.
5. Programe-se para crescer
Outra contribuição vital da contabilidade de custos é indicar a solução mais viável quanto à aquisição de crédito para investimentos diversos.
Pode ser por meio do aumento do preço de venda, por exemplo, contratando mais funcionários, cortando gastos desnecessários, elaborando campanhas de economia ou investindo na compra de equipamentos que otimizam o tempo de produção.
Dessa maneira, além de ser fundamental em nível de ampliação de mercado, ela também estipula o montante de vendas necessário para cobrir empréstimos em médio ou longo prazo e ajustar, positivamente, seu critério na tomada de decisões.
6. Consulte antes de decidir
Finalmente, por falar em tomar decisões, a maioria dos dados comerciais envolvem declarações de efeitos prováveis sobre os lucros. Por isso, contabilizar os custos representa uma ajuda crucial nesse quesito.
Todos esses cálculos fornecem estimativas preciosas em vários níveis, para que você, empreendedor, escolha a abordagem mais adequada antes de tomar uma decisão equivocada, metendo os pés pelas mãos.
O que pode afetar seu negócio drasticamente — de fato, sem a validação da contabilidade de custos, escolher a melhor saída se assemelha a dar um salto no escuro, tão perigoso que pode comprometer a saúde da sua empresa!
E então, gostou deste artigo? Sobrou ainda alguma dúvida sobre a contabilidade de custos? Deixe-nos um comentário e nos conte sua opinião!
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