Quem deseja abrir uma empresa ou já empreende, mas quer ver melhores resultados não pode ficar sem um plano de negócio. Ele consiste em uma etapa crucial para a estruturação de uma empresa, ajudando a organizar sua estrutura funcional e financeira em um modelo viável.
Ou seja, ele é um passo muito importante para o sucesso. Quem vai abrir uma empresa pode utilizá-lo como um instrumento para avaliar o risco e o benefício de um investimento, bem como refinar uma ideia para ter maior chance de prosperar no mercado. E quem já lidera uma organização pode aplicá-lo como uma ferramenta para realizar ajustes a fim de promover melhoras no desempenho.
No entanto, muitos empreendedores ainda ficam perdidos quando o assunto é plano de negócio. Pode ser difícil saber por onde começar e como desenvolver um que contemple de modo adequado suas necessidades, sua proposta de valor e as soluções que você pretende oferecer ao mercado.
Pensando nisso, elaboramos este artigo especialmente para ajudar nesta tarefa. Aqui você vai aprender o que é um plano de negócio, por que ele é tão importante, quais são os principais tipos de planos de negócios e como montar o seu, de acordo com as individualidades da sua empresa.
Continue com a gente!
O que é um plano de negócio?
O plano de negócio é um documento escrito, onde constam todos os detalhes da empresa.
Desde o segmento de atuação, alcance geográfico, requisitos operacionais, recursos e equipamentos necessários para a montagem da estrutura e quadro de pessoal até o investimento necessário, entre outros fatores indispensáveis para a criação do negócio.
Além disso, ele elenca os objetivos da organização, tanto em termos de missão, visão e valores, quanto no que tange às finanças. Outro aspecto importante é que ele não apenas delineia estas metas, mas também descreve os passos necessários para alcançá-las.
Em resumo, um plano de negócio é o roteiro que detalha a empresa sob as óticas financeira, de marketing e operacional.
Por que é importante ter na sua empresa?
O plano de negócio é o alicerce de uma empresa, ele norteia o caminho a seguir e aponta a viabilidade do projeto, permitindo os riscos e potenciais retornos do investimento sejam analisados. Neste contexto, o plano de negócio é um documento importante para a organização interna e para o levantamento de fundos.
Por exemplo, quando se deseja atrair investidores para a organização, um plano de negócio é o retrato falado do projeto, que permite aos potenciais parceiros entenderem do que se trata e o quão valioso é o investimento. Além disso, ajudam empresas sem histórico comercial a demonstrarem seu valor de forma tangível e a estabelecerem expectativas realistas quanto aos retornos futuros.
Internamente, o plano de negócio permite aos executivos e gestores trabalharem de forma assertiva, alinhados rumo a um objetivo em comum. Assim, os recursos são mais bem aproveitados e é possível obter maior retorno na aplicação de ações estratégicas.
Vale lembrar que apesar de serem de grande valia para a concretização de novos empreendimentos, mesmo organizações já consolidadas devem fazer seu plano de negócio. Além disso, é preciso ter em mente que o mercado é dinâmico e está em constante transformação. O comportamento do consumidor muda, concorrentes entram e saem de cena, novas soluções são lançadas, tecnologias tornam-se obsoletas, ameaças e oportunidades surgem a todo momento…
Assim, é recomendado que toda empresa revise seu plano de negócio periodicamente. Pode-se verificar e atualizar as metas, bem como os passos para atingi-las, ou até mesmo criar um plano totalmente novo.
Tipos de plano de negócio
Não existe um formato certo ou errado para o plano de negócio. Contanto que ele contemple com abrangência o escopo do seu empreendimento e do mercado em que atua ou pretende ingressar, é um bom plano.
Dito isto, existem basicamente três tipos de planos de negócio. Veja a seguir!
Plano de negócio completo ou tradicional
Este é o modelo mais clássico, e também o mais abrangente. Ele aborda em detalhes a montagem e os objetivos da empresa, bem como especificidades do mercado aonde ela vai se inserir. Assim, ele pode ter cerca de 40 páginas.
Geralmente é aplicado em negócios de alto nível de complexidade, como na indústria, em franquias, organizações com múltiplas sedes ou multinacionais.
Outra situação que requer um plano mais extenso como este é quando se necessita de um aporte maior de investimentos. A riqueza de informações ajuda a aumentar a confiança dos investidores, melhorando o potencial de captação de recursos.
Plano de negócio simplificado ou resumido
Este plano de negócios pode ser o documento oficial da organização, ou uma versão sintetizada do plano tradicional. Quando é o plano oficial da empresa, geralmente se aplica a negócios de menor porte, em operações menos complexas.
Quando ele é uma versão resumida de um plano mais completo, serve para dar uma amostra a possíveis investidores. Assim, eles podem avaliar o potencial do negócio antes de se dedicarem à análise de um documento mais extenso.
O plano de negócios simplificado geralmente tem cerca de 15 páginas.
Plano de negócio operacional
Este plano de negócio é para uso interno. Sua função é demonstrar aos executivos os objetivos e recursos da empresa, a fim de alinhar os esforços de gestão. É também um excelente instrumento para o onboarding (processo de entrada) de novos membros administrativos na equipe.
Seu tamanho pode variar conforme a complexidade do negócio.
Como fazer esse planejamento na sua empresa?
Agora que você já sabe mais sobre este documento, chegou a hora de elaborar o seu. O processo é detalhado, mas seguindo uma estrutura lógica torna-se muito simples.
Veja a seguir como montar o seu plano de negócio!
• Sumário executivo: sessão que informa a estrutura da sua empresa. Inclui dados como sócios, segmento de atuação, caracterização jurídica, enquadramento tributário, capital social, origem dos recursos, missão e valores.
• Análise de mercado: esta parte se dedica aos diferentes fatores que compõem o seu mercado como perfil do consumidor, viabilidade técnica, fornecedores e análise da concorrência.
• Planejamento operacional: detalha o seu modelo de negócio e tudo o que a empresa precisa para funcionar, com base nos dados levantados na análise de mercado. Inclui requisitos de espaço físico, levantamento de equipamentos e maquinário, custos fixos e variáveis, quadro de profissionais necessário, projeção da capacidade produtiva e processos operacionais.
• Planejamento de marketing: para vender, é preciso divulgar. Esta etapa ajuda a delinear as ações promocionais para levar seu negócio ao conhecimento do seu público-alvo. Deve incluir: descrição detalhada dos produtos e serviços, abrangência geográfica do atendimento, viabilidade de condições promocionais, calendário promocional, verba disponível para ações.
• Planejamento financeiro: a partir das demais informações, é possível fazer o levantamento financeiro do seu negócio. Esta seção apresenta investimento em equipamentos, custo imobiliário, custos de pessoal, custos fixos e variáveis do negócio, capital de giro, custos de insumos, estimativas dos custos de comercialização, estimativa de faturamento, estimativa de prazo de retorno, resumo do investimento necessário.
Com o seu plano de negócio concluído e a empresa aberta, o próximo passo é acompanhar de perto os resultados e o desempenho financeiro do empreendimento. Isso vai garantir que o retorno do investimento venha dentro do prazo esperado e que seus objetivos e ações possam ser ajustados conforme as necessidades surjam.
Para isso, o ideal é ter um sistema completo de controle das finanças, como o Controlle. Ele permite acompanhar detalhadamente todas as receitas e gastos da empresa, deixando você sempre à frente de qualquer imprevisto.
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