Recuperação empresarial: entenda o que é e como fazer!

A recuperação empresarial financeira acontece quando empresas enfrentam dificuldades financeiras graves, buscando reverter a situação e operar de forma saudável. Veja mais sobre.

A recuperação empresarial é um processo pelo qual um negócio passa quando se depara com adversidades financeiras significativas e se esforça para restituir sua saúde financeira. Esses obstáculos podem surgir devido a diversos elementos, tais como:  gestão financeira deficitária, oscilações econômicas, aumento do endividamento, transformações no mercado, complicações operacionais ou outros desafios externos.

O objetivo é reverter a situação negativa da empresa, melhorar sua saúde financeira, restabelecer sua capacidade de cumprir com suas obrigações financeiras e continuar operando de maneira sustentável.

Pensando nisso, no post de hoje vamos falar sobre como acontece a recuperação empresarial e o passo a passo para executá-la de maneira correta. 

Quer saber como? Continue a leitura!

Como ocorre a recuperação de empresas?

É comum empreendedores misturarem suas finanças pessoais com as empresariais, trazendo assim, um problema para o negócio. Por isso que em uma organização o controle financeiro é fundamental. 

É imprescindível adotar uma eficaz gestão do fluxo de caixa. Ao conceber esse planejamento, uma visão prospectiva se estabelece, proporcionando uma melhor posição para negociações e para manter um capital de giro suficiente, evitando surpresas e a necessidade de recorrer a empréstimos e financiamentos que acarretam encargos financeiros.

Quando esta recomendação é relegada a segundo plano, surge a necessidade de recuperar a empresa. O objetivo é aprimorar a saúde financeira e monitorar clientes para prevenir futuros contratempos em curto, médio e longo prazo.

Nesse contexto, há dois modelos de recuperação empresarial. Veja quais são:

Recuperação Judicial

A recuperação judicial é adotada como alternativa para evitar a falência da empresa. A petição é apresentada ao tribunal quando a pessoa jurídica não consegue mais cumprir suas obrigações. Dessa forma, é possível reestruturar as operações e superar as dificuldades.

Tal possibilidade é prevista na Lei de Falências e Recuperação de Empresas (LFRE). Após a solicitação, o empresário tem um prazo de seis meses para negociar com credores e conceber um plano para superar a crise financeira.

Recuperação Financeira

Aqui, a atenção se volta para a correção de equívocos estratégicos visando uma reconfiguração integral na gestão dos recursos financeiros. Desta maneira, é viável emergir da adversidade econômica e manter a operação comercial. Para obter êxito, a recuperação financeira é conduzida em conjunto com uma empresa especializada, que analisa o contexto empresarial e suas peculiaridades.

Outro objetivo da recuperação financeira é a recuperação dos montantes pendentes, enquanto mantém uma relação saudável com os clientes. 

Passos e considerações chave relacionados à recuperação financeira

Avaliação integral da situação financeira

O ponto de partida consiste na compreensão abrangente da situação financeira da empresa. Isso implica na análise minuciosa do fluxo de caixa, do balanço patrimonial, das entradas e saídas, das dívidas, dos ativos e passivos. Identificar as raízes das dificuldades financeiras é de extrema importância.

Elaboração de um plano de ação

A partir da avaliação, é imperativo desenvolver um plano de ação abrangente para enfrentar os desafios financeiros. Esse plano pode abarcar estratégias de corte de custos, ampliação das receitas, renegociação de passivos, reestruturação de processos internos e outras medidas.

Gestão precisa de custos e despesas

Frequentemente, a redução de custos se torna um alicerce crucial no processo de recuperação financeira. Isto pode englobar a eliminação de despesas supérfluas, otimização de procedimentos, renegociação de acordos com fornecedores e a diminuição das despesas operacionais.

Ampliação de receita

Buscar maneiras de incrementar as receitas é igualmente vital. Isto pode compreender o desenvolvimento de novos produtos ou serviços, a expansão para mercados inexplorados, estratégias de marketing mais eficazes e aprimoramento das relações com os clientes atuais.

Renegociação de passivos

Quando as dívidas se tornam um peso, a renegociação com os credores emerge como uma alternativa. Isso pode incorporar a extensão dos prazos de pagamento, redução de taxas de juros ou até mesmo, em cenários extremos, o perdão parcial de dívidas.

Assistência de profissionais qualificados

Pode ser benéfico buscar orientação de especialistas financeiros, consultores ou empresas de consultoria especializadas em recuperação empresarial. Esses profissionais podem oferecer discernimentos valiosos, estratégias eficazes e direcionamento personalizado durante o processo de recuperação.

Ajustes na estratégia

Dependendo da análise da situação, pode ser necessário ajustar a estratégia de negócios da empresa. Isso pode englobar a revisão de metas, adaptação a transformações no mercado ou até mesmo a reestruturação organizacional.

Otimização do fluxo de caixa empresarial

Empresas devem implementar uma eficiente gestão de fluxo de caixa, mantendo rigorosamente a separação entre contas pessoais e corporativas. Igualmente, é crucial projetar despesas e lucros para estabelecer um planejamento para os próximos meses. Além disso, faça um inventário de todas as dívidas pendentes, independentemente do credor ou valor. A partir das negociações, planeje como encaixar os pagamentos no fluxo de caixa da empresa.

O que fazer para ter sucesso na recuperação de empresas?

Os seguintes pontos são claros, mas precisam ser implementados.  No entanto, é crucial lembrar que alguns desses aspectos podem ser mais importantes para certas empresas, dependendo de sua situação única. 

Diagnóstico

É preciso uma avaliação que priorize a saúde econômico-financeira da empresa. Isso implica analisar minuciosamente sua receita, custos, despesas, passivos, geração de caixa e indicadores relevantes. Além disso, a recuperação requer uma avaliação da gestão da empresa, incluindo controles, tomadas de decisões, interações internas e com o mercado, entre outros.

Captação de recursos

No contexto do terceiro ponto, é importante destacar que existem diversas maneiras de angariar recursos para sustentar o processo de recuperação. Além das vias tradicionais de empréstimos bancários, outras abordagens criativas, como refinanciamento de ativos e venda de participações societárias, podem ser consideradas.

Gestão da inovação

As mudanças no cenário atual demandam uma revisão profunda dos modelos de negócios. A gestão da inovação, tecnologia e marketing torna-se essencial para se adaptar e antecipar as necessidades dos clientes. Empresas que já estão nas redes sociais, por exemplo, têm mais chances de prosperar durante a crise.

Tecnologia

O volume massivo e complexo de dados nas organizações exige a adoção de tecnologia para uma gestão eficiente. Isso possibilita o aproveitamento desses dados para tomadas de decisões mais embasadas.

Marketing, comercialização e vendas

Além de reduzir custos, é essencial fortalecer a marca, encantar os clientes e aumentar as vendas para melhorar a margem de lucro. Estratégias de marketing eficazes e foco na satisfação do cliente desempenham um papel crucial na recuperação.

Gestão organizacional

Revendo o modelo de gestão da empresa, seus processos, equipe, controles e abordagem de tomada de decisões, é possível otimizar as margens do negócio e construir um ambiente mais sustentável.

Gerenciamento emocional

Em tempos de crise, o gerenciamento emocional é fundamental. É comum experimentar negação, desespero ou apatia. Adotar um plano lógico e agir rapidamente é vital. Reconheça que, assim como na vida pessoal, a vida de uma empresa é marcada por altos e baixos. O fundamental é a atitude adotada diante desses desafios, a gestão estratégica tanto da vida pessoal quanto da empresa.

Conforme você viu, a recuperação empresarial aborda a superação de desafios financeiros, visando restaurar a saúde financeira da empresa. Este processo envolve estratégias de gestão, renegociação de dívidas, otimização de custos e adaptação às mudanças do mercado, com o objetivo de assegurar a sustentabilidade operacional e o retorno ao crescimento.

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